A realização de cirurgias oncológicas em cabeça e pescoço deve ser feita por profissionais habilitados, com formação específica em cirurgia de cabeça e pescoço. Engloba todo o tratamento do paciente com a neoplasia de cabeça e pescoço, desde a realização da biópsia que comprovará o tipo do tumor, o tratamento cirúrgico (a retirada do tumor com sua reconstrução) e o seguimento do paciente após o tratamento. São inclusos no rol de tumores de cabeça e pescoço as neoplasias de face, seios paranasais, boca, laringe, faringe, fossas nasais, tecidos moles do pescoço, tireoide, glândulas salivares, paratireoide e couro cabeludo.

Câncer de pele podem ser tratados com 3 tipos de cirurgias: Excisão – é retirada a pele onde se encontra o tumor Eletro dissecação – remove o tumor com raspagem da pele e usa-se uma corrente elétrica na área para destruir as células cancerígenas excedentes Cirurgia de Mohs – remove uma camada de pele para localizar a extensão do tumor até não haver resquícios do mesmo, sob orientação de biopsia de congelação

Após o diagnóstico de câncer, a cirurgia de tireoide pode ser feita por duas formas: Lobectomia – remoção parcial da glândula Tireoidectomia total – remoção total da glândula O tipo de cirurgia dependerá do diagnóstico e evolução do tumor da glândula, sendo que seu médico indicará qual a cirurgia mais adequada para seu caso.

Os cânceres de boca e orofaringe podem ser tratados a partir de vários tipos cirúrgicos, a depender a topografia onde se iniciou o tumor e do estadiamento em que o mesmo se encontra: Ressecção da lesão – é ressecada a área onde se encontra a lesão bem como uma área de segurança ao redor da lesão, com o intuito de reduzir a probabilidade de recidiva da doença. Esvaziamento cervical – é a retirada dos linfonodos cervicais para onde é drenada a região onde se encontra a neoplasia maligna; é realizado quando a lesão se encontra em estádio clínico mais avançado. Nesse caso é necessário remover junto com o tumor principal os linfonodos e tecidos adjacentes. Reconstrução cirúrgica – dependendo da extensão tratada do tumor ou áreas afetadas, pode haver a necessidade de reconstrução do local através da retirada de tecido de outras áreas do corpo, através de enxertos, retalhos pediculados ou retalhos microcirúrgicos.

Destinada às doenças congênitas de cabeça e pescoço (quando a criança nasce com malformação nesta área), que podem ser diagnosticadas logo na primeira infância e até na adolescência, como cistos tireoglossos, cistos branquiais, hemangiomas, linfangiomas… Também se destina ao tratamento de neoplasias malignas hereditárias, que podem ter manifestação na infância, como por exemplo carcinoma medular de tireoide.

A cirurgia de paratireoide pode ser realizada devido a doença primária da própria glândula, que pode ocorrer devido a tumores benignos ou malignos, quando se indica a ressecção da glândula acometida; bem como pode ser secundária a insuficiência renal crônica; no último caso, é indicada a ressecção de todas as paratireoides com reimplante de uma glândula. O diagnóstico é realizado por exames laboratoriais e de imagem.

Os tumores da laringe e hipofaringe podem ser tratados através de várias vias e técnicas, que serão mais agressivas de acordo com a localização do tumor e de seu estadiamento. Cirurgia endoscópica – a cirurgia é realizada endoral, ou seja, não há um corte aparente no pescoço do paciente. Deve ser avaliado caso a caso a possibilidade desta ressecção. Laringectomia parcial – ressecção parcial da laringe, mantendo a função da fala preservada Laringectomia total – retirada total da laringe, sendo necessária reabilitação fonatória Faringolaringectomia – ressecção da hipofaringe e laringe, com necessidade de reconstrução através de retalhos, bem como reabilitação fonatória

São cirurgias parciais da laringe, que possibilitam uma recuperação com menos edema e não deixa cicatriz no pescoço. Deve ser avaliada a indicação a cada paciente. Tende a trazer menos morbidade ao tratamento.